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Capítulo 1506
Alexander entrou na casa junto com ela e soltou: “Quem disse que eu estava só brincando? Eu já falei, quando o
moleque fizer dezoito, o carro vai ser dele, pode crer.”
Nara rebateu: “Nem precisa. O dinheiro que você tem não calu do céu.”
Essa resposta deu uma travada no sorrisão de Alexander.
Com quase trinta anos nas costas, ele conheceu muita de gente, muitos até se diziam seus amigos, mas de
verdade, verdadeira, eram poucos.
A maioria desses “amigos” só estavam de olho no que ele podia oferecer.
Por onde passava, o que não faltava era gente falando que ele estava nadando em dinheiro.
Teve até quem dissesse que ele era o típico “mais dinheiro do que juízo”.
Ninguém nunca tinha jogado na cara dele que o dinheiro dele não era vento que trouxe.
Quando ele abria a carteira, todo mundo achava mais do que justo, ninguém nunca teve dó do dinheiro
dele.
Nara foi a primeira a tirar essa onda.
De repente, ele teve a impressão de ver uma luz brilhando atrás dela, e aquela luz chamou a atenção dele de um
jeito forte.
“Nara…” Ele chamou, e num impulso, puxou Nara para perto, abraçando-a com força.
O gesto pegou Nara de surpresa.
Ela tentou se afastar: “Alexander, que isso? O Juan está no quintal, ele não tá vendo a gente, não precisa de
teatro…”
Mas Alexander, com aquela voz grave e cadenciada, falou perto do ouvido dela: “Nara, que tal se você aceitasse
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtser minha namorada pra valer?”
Nara não entendeu a dele: “Já não estava tudo combinado? Por que está trazendo isso à tona de novo?” Alexander:
“Acho que eu tô começando a me apaixonar por você de verdade.”
Ela não comprou a ideia: “Alexander, para com essa zoeira, não tem graça.”
Alexander soltou ela e encarou fundo nos olhos dela: “Eu não tô de brincadeira!”
Ele parecia mesmo falar sério, e isso deixou Nara meio assustada: “Você sabe muito bem, sabe o que eu sinto aqui
dentro…”
Ele a interrompeu: “Não interessa se ainda tem alguém no teu coração, o que conta é se você tá pensando em
voltar com ele.”
Nara instintivamente negou com a cabeça, mas depois pareceu hesitar.
Alexander. “O que isso quer dizer?”
Nara: “Agora eu só quero cuidar da minha perna. Não tô pensando em me envolver com ninguém.”
Alexander deu um sorrisinho: “Sacou Vou pegar a estrada de volta para capital hoje mesmo, já tá ficando tarde e
vou deixar o peixe pra lá. Me leva até o portão?”
Capitolo 1506
Nara se sentiu mal: “Alexander, me desculpa, tá?”
Ele: “Não vem de desculpa, você não tem que se desculpar por nada. Sentimento a gente não obriga, se você não
está na minha, beleza, você não fez nada de errado.”
Nara: “Valeu pela compreensão!”
Ele bagunçou o cabelo dela: “Você tem que parar com essa mania de pensar sempre nos outros. Eu compreender
é o mínimo, se eu não te entendesse, aí sim seria falta de caráter. Nara…”
Nara: “Oi?”
Alexander: “Grava isso, para qualquer coisa que passar na tua vida, procura o erro nos outros antes de se culpar.
Fica esperta nisso e sua vida vai ser mais leve.”
Nara assentiu: “Tá gravado.”
Alexander: “Então, estou indo.”
Nara ainda tentou: “Certeza que não vai querer o peixe antes de ir?”
Alexander: “Se eu sair sem comer, imagina a cara do outro lá e do seu pai, né?”
Nara: “…”
Alexander: “Então bora lá, eu fico pra comer e depois caio fora.”
Lá no fundo, ele sabia que isso ia deixar o Juan pistola!
Capítulo 1507
A conversa entre Nara e o rapaz já tinha sido escutada pela Irma, que estava ocupada na cozinha.
Ela ouvia sem dar pitaco, pensando que essas coisas dos moleques tinham que ser resolvidos por eles
mesmos.
Quando soube que eles tinham se acertado, Irma botou a cabeça para fora da cozinha, sem pressa, el falou:
“Nara, você e o Alexander dão um jeito na mesa, levem para o quintal, hoje a gente vai comer lá fora.”
O peixe ia ser assado no quintal, para comer tudo quentinho.
Nara respondeu que sim.
A mesa era uma redonda grande, que dava para separar o tampo das pernas.
Alexander, que era mais forte, podia carregar sozinho, e falou: “Deixa que eu levo.”
Nara, por sua vez, sugeriu: “Você pega o tampo e eu pego as pernas da mesa. Assim, a gente faz mais rápido,
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmné?”
Alexander, meio que dando uma bronca, disse: “Não te escutei na hora de namorar, agora também não. Tá com a
perna machucada e ainda quer carregar peso? Tá querendo me tirar do sério?”
Nara ainda ia retrucar, mas aí veio o barulho de latidos e vozes lá fora: “Enrique está em casa?”
Enrique respondeu: “O que foi?”
Chegou a notícia: “Seu Abel foi mordido pelo cachorro do Alvino, vai lá ver.”
Enrique largou o peixe que estava limpando e saiu correndo, nem se lembrou de tirar o avental cheio de cheiro de
peixe: “Esse cachorro sempre foi bonzinho, como é que foi morder alguém?”
O outro respondeu: “Cachorro morder, vai saber quando, né?”
Quase todo mundo na vila tinha cachorro, mais para espantar estranhos do que para outras coisas Nunca tinha
acontecido de alguém da vila ser mordido por um cachorro de lá.
E o Abel Lozano, então, era querido pelas crianças e pelos bichinhos, sempre abanando o rabo quando ele chegava
O cachorro do Alvino, que ele tinha costumado pegar no colo quando era pequeno e levava junto com o seu para
os afazeres, comendo ossinho.
Não fazia sentido ó cachorro do Alvino ter mordido o Abel Lozano. Tinha caroço nesse angu.
Nara correu para fora: “Pai, eu vou junto.”
Mas como correu rápido demais, a perna doeu e ela começou a mancar.
Alexander foi atrás: “Não corre assim, eu vou com o tio.”
Juan, que até então ajudava o Enrique com os peixes, lançou um olhar para Nara e falou: “Fica tranquila em casa,
que eu resolvo.”
Com o Juan indo junto, Nara até que se sentia mais segura por seu pai e irmão, mas ainda estava preocupada com
sua própria perna machucada: “Olha, eu…”
Juan entendeu na hora e se aproximou, agachando-se na frente dela: “Sobe ai”